Modelo importado da Inglaterra em 1854
Malaposta

Em 1859, a ligação entre Lisboa e Porto através das carreiras da Malaposta fazia-se em 34 horas e passava por 23 estações de muda. Apesar do bom serviço que as diligências prestavam nessa altura, a sua extinção foi irreversível com o aparecimento do comboio, embora se mantivessem em actividade durante mais algum tempo, como atestam os «manuais do viajante» da época.

25 dezembro 2014

Língua portuguesa na ONU



Petição a caminho


«Mais de 45 mil pessoas querem português na ONU.»
«A petição para tornar oficial a língua portuguesa nas Nações Unidas pode ser entregue com 70 mil assinaturas.»

Circula na Internet uma petição para tornar oficial o português nas Nações Unidas. O documento já foi subscrito por mais de 45 mil pessoas. No site onde se pode assinar o documento, apenas o texto da petição está em português. As opções da página e as respostas, quando um cidadão assina o documento, são dadas em inglês, uma situação que o vice-presidente do sector europeu da associação cultural Elos Clube Internacional, José Luis Guedes de Campos, que está a promever a acção, explica: "Temos de nos render à realidade e hoje é o inglês a língua oficial da maior parte dos sites de internet".
Guedes de Campos explica ao "Metro" que a ideia parte do número de pessoas que fala a língua portuguesa e da sua importância cultural. "São mais de 250 milhões de pessoas que se expressam no idioma português, com importante presença em várias nações de todos os continentes". O dirigente lembra que é a quinta língua mais falada no mundo (em números absolutos).
A petição vai ser entregue entre o próximo mês de Março ou Abril e a associação pensa atingir cerca de 70 mil assinaturas.
Nota: A petição inclui três assinaturas (entre as primeiras), do "pessoal" desta casa.

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21 dezembro 2014

A alcateia


O

Estado vai gastar 100 milhões de euros a mais do que o previsto para fazer um desvio na futura auto-estrada entre Viseu e Chaves de modo a não perturbar uma zona de procriação de lobos. O traçado inicial da estrada foi chumbado por razões "ambientalistas", uma vez que atravessava a serra do Alvão numa zona onde se supõe que a alcateia local, composta por sete lobos, se refugia para ter as suas ninhadas. A protecção de cada lobo vai custar aos contribuintes cerca de 3 milhões de contos, segundo as contas feitas pelo presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, que se queixa de não conseguir arranjar 50 mil contos para construir uma nova escola ou, como disse ao jornal "Público", ter dinheiro "para pagar o jantar ao senhor ministro". Embora o autarca não tenha especificado que ministro é que pretendia alimentar, presume-se que se esteja a referir ao ministro que tomou a decisão de gastar os 100 milhões a mais para proteger a maternidade dos lobos.
Colocados perante o dilema entre pagar a protecção de um lobo ou o jantar de um ministro, a maioria dos portugueses não hesitaria um segundo, escolhendo obviamente a opção ambientalmente correcta, que é pagar o lobo. A população de lobos portugueses, segundo as contas dos amigos dos lobos, tem vindo a diminuir rapidamente nos últimos anos, enquanto a dos ministros, como é público e se nota a olho nu, aumenta constantemente a um ritmo assustador. Enquanto o lobo português, o "canus lupus signatus", cobria praticamente a totalidade do territória nacional há 3 ou 4 décadas, o seu número hoje não deve ultrapassar os 300, divididos por meia centena de alcateias escondidas em serranias isoladas do norte do país. Os ministros, pelo contrário, que há três ou quatro décadas - podemos escolher o 25 de Abril de 1974 como data charneira nesta questão lobo/ministro - mal chegavam para encher um avião para fugirem para o Brasil, encontram-se hoje um pouco por toda a parte, circulando livremente sem que ninguém os incomode e adoptando frequentemente uma ameaçadora atitude para com quem quer que seja que se aproxime deles, mesmo que com boas intenções apenas para lhes fazer uma festa. Do ponto de vista da sobrevivência das espécies, o lobo é uma espécie em vias de extinção ou, pelo menos, ameaçada. Já o mesmo não se pode dizer dos ministros que aparecem por todo o lado e, pelo contrário, devido às suas atitudes agressivas e comportamento predatório, começam a ser vistos por muita gente como uma praga, mesmo uma ameaça, indomesticáveis e perigosos. Veja-se, por exemplo, a atitude do ex-ministro Carrilho num programa "Prós e Contras", a morder toda a gente, e ter-se-á uma ideia geral das dificuldades em lidar com a espécie. Quem o gostaria de ter em casa?
A natureza é um sistema muito sensível, que vive num equilíbrio muito instável, e sabe-se que sempre que ocorre um aumento desmesurado e incontrolável de uma espécie isso faz-se à custa de outra. Os recursos não são inesgotáveis e não chegam para todos. A questão que os portugueses se devem colocar, pelo menos aqueles mais conscientes que se preocupam com o seu futuro, é muito simples. Quem é que preferimos alimentar com o nosso dinheiro? Os lobos, um animal que apenas ataca quando tem fome, ou os ministros e políticos, cujo apetite parece ser insaciável? Para um cidadão consciente, a escolha parece óbvia.

in Metro, José Júdice

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