Modelo importado da Inglaterra em 1854
Malaposta

Em 1859, a ligação entre Lisboa e Porto através das carreiras da Malaposta fazia-se em 34 horas e passava por 23 estações de muda. Apesar do bom serviço que as diligências prestavam nessa altura, a sua extinção foi irreversível com o aparecimento do comboio, embora se mantivessem em actividade durante mais algum tempo, como atestam os «manuais do viajante» da época.

01 maio 2016

Portugal/Espanha

Trinta por cento querem união Portugal/Espanha. Juan Carlos é desejado como chefe de Estado. Sondagem indica que muitas pessoas acreditam que Portugal perdeu com entrada na UE.

Um número apreciável de portugueses (30 por cento) preferia que Portugal e Espanha fossem um só país, com a capital em Madrid e o rei D. Juan Carlos como chefe de Estado. São estas algumas das conclusões de uma sondagem Intercampus, que o semanário Sol publicou. Na mesma sondagem, poderá verificar-se que há ainda muita gente em Portugal com saudades do império, e ainda mais gente desiludida em relação à integração do país na União Europeia (UE).
Se não existe praticamente um inquirido que entenda que Portugal deveria sair da UE, há muitos com a opinião de que, em várias áreas, desde a agricultura à dependência externa, o país perdeu muito mais do que ganhou com a entrada na Europa, há duas décadas.

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21 dezembro 2014

A alcateia


O

Estado vai gastar 100 milhões de euros a mais do que o previsto para fazer um desvio na futura auto-estrada entre Viseu e Chaves de modo a não perturbar uma zona de procriação de lobos. O traçado inicial da estrada foi chumbado por razões "ambientalistas", uma vez que atravessava a serra do Alvão numa zona onde se supõe que a alcateia local, composta por sete lobos, se refugia para ter as suas ninhadas. A protecção de cada lobo vai custar aos contribuintes cerca de 3 milhões de contos, segundo as contas feitas pelo presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, que se queixa de não conseguir arranjar 50 mil contos para construir uma nova escola ou, como disse ao jornal "Público", ter dinheiro "para pagar o jantar ao senhor ministro". Embora o autarca não tenha especificado que ministro é que pretendia alimentar, presume-se que se esteja a referir ao ministro que tomou a decisão de gastar os 100 milhões a mais para proteger a maternidade dos lobos.
Colocados perante o dilema entre pagar a protecção de um lobo ou o jantar de um ministro, a maioria dos portugueses não hesitaria um segundo, escolhendo obviamente a opção ambientalmente correcta, que é pagar o lobo. A população de lobos portugueses, segundo as contas dos amigos dos lobos, tem vindo a diminuir rapidamente nos últimos anos, enquanto a dos ministros, como é público e se nota a olho nu, aumenta constantemente a um ritmo assustador. Enquanto o lobo português, o "canus lupus signatus", cobria praticamente a totalidade do territória nacional há 3 ou 4 décadas, o seu número hoje não deve ultrapassar os 300, divididos por meia centena de alcateias escondidas em serranias isoladas do norte do país. Os ministros, pelo contrário, que há três ou quatro décadas - podemos escolher o 25 de Abril de 1974 como data charneira nesta questão lobo/ministro - mal chegavam para encher um avião para fugirem para o Brasil, encontram-se hoje um pouco por toda a parte, circulando livremente sem que ninguém os incomode e adoptando frequentemente uma ameaçadora atitude para com quem quer que seja que se aproxime deles, mesmo que com boas intenções apenas para lhes fazer uma festa. Do ponto de vista da sobrevivência das espécies, o lobo é uma espécie em vias de extinção ou, pelo menos, ameaçada. Já o mesmo não se pode dizer dos ministros que aparecem por todo o lado e, pelo contrário, devido às suas atitudes agressivas e comportamento predatório, começam a ser vistos por muita gente como uma praga, mesmo uma ameaça, indomesticáveis e perigosos. Veja-se, por exemplo, a atitude do ex-ministro Carrilho num programa "Prós e Contras", a morder toda a gente, e ter-se-á uma ideia geral das dificuldades em lidar com a espécie. Quem o gostaria de ter em casa?
A natureza é um sistema muito sensível, que vive num equilíbrio muito instável, e sabe-se que sempre que ocorre um aumento desmesurado e incontrolável de uma espécie isso faz-se à custa de outra. Os recursos não são inesgotáveis e não chegam para todos. A questão que os portugueses se devem colocar, pelo menos aqueles mais conscientes que se preocupam com o seu futuro, é muito simples. Quem é que preferimos alimentar com o nosso dinheiro? Os lobos, um animal que apenas ataca quando tem fome, ou os ministros e políticos, cujo apetite parece ser insaciável? Para um cidadão consciente, a escolha parece óbvia.

in Metro, José Júdice

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19 outubro 2014

Combate à corrupção?...

Combate à corrupção em queda

Avaliação do Banco Mundial arrasa governação em Portugal. Estabilidade política e eficácia do Governo são parâmetros onde Portugal perde pontos.

A qualidade da actividade governativa em Portugal tem vindo a decair nos últimos anos. Segundo um relatório do Banco Mundial, que avalia práticas da governação em mais de 200 países entre 1996 e 2005, o controlo da corrupção é um dos parâmetros onde Portugal perde eficácia. Se em 1998 eram atribuídos 90,2 pontos no combate à corrupção, essa pontuação cai para 83,7 em 2005. Aliás, entre os 20 países mais populosos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, Portugal apenas ultrapassa a Itália (país frequentemente abalado por suspeitas de corrupção ao mais alto nível) e a Grécia.
Outra das áreas em que Portugal está a perder terreno é na eficácia do Governo, que mede o nível da burocracia e a qualidade da prestção de serviços públicos. Entre o executivo de António Guterres (1998) e o de José Sócrates (2005), foram perdidos 6,2 pontos. Queda ainda mais acentuada na estabilidade política (14,2 pontos).

in Destak

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12 outubro 2014

Mais desigualdades

 Este Sócras é demais! Não dá para aguentar este fascista!
Mulheres ainda mais discriminadas.
Reforma da Segurança Social proposta pelo Governo vai acentuar as desigualdades já existentes.
Subida no valor das pensões em 2006 é o dobro para homens. Mulheres ganham menos 236 euros.
Não é propriamente novidade que as mulheres ganham menos do que os homens em cargos semelhantes, mas a reforma da Segurança Social proposta pelo Governo vai acentuar esse fosso no que diz respeito às reformas.
Esta a tese defendida pelo economista Eugénio Rosa, para quem "as mulheres portuguesas serão atiradas para uma miséria silenciosa ainda maior".
O especialista baseia o seu receio em dados do Ministério do Trabalho e da Segurança Social.
Análise aos rendimentos de homens e mulheres:
Ganho médio: homens, 1.100,47; mulheres, 768,19; diferença, 76,8%.
Remuneração declarada à Seg. Social: homens, 853,00; mulheres, 605,70; diferença, 74,5%.
Pensão média. Todos os reformados: homens, 434,66; mulheres, 259,76; diferença, 59,8%.
Pensão média - reformados em 2005: homens, 555,57; mulheres, 319,06; diferença, 57,4%.
in Destak

Comentários originais

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08 setembro 2014

Governo não cumpre Aviso

No início da Primavera...

... Chamo a atenção do Governo, com muita antecedência, para que tome as medidas necessárias no sentido de evitar a repetição da catástrofe dos incêndios havidos nos Verões do ano passado. Depois não digam que não avisei!
Estas cores fortes foram escolhidas por forma a evitar que o Governo venha com desculpas do género "o aviso não estava suficientemente visível, etc".
Link relacionado.


É necessário poupar os sobreiros que ainda restam!

Segundo Aviso ao Governo

Os dois quadros acima constituiram um Aviso ao governo para que tomasse medidas atempadas no sentido de evitar a repetição da calamidade que o país atravessou nos Verões passados com a chaga dos incêndios. Como se vê no primeiro quadro, tal Aviso foi publicado no início da Primavera, 19.03.2007, conforme link do referido post. Estamos a 31 de Maio e as notícias apontam para registo de 627 incêndios florestais no continente só no período de 20 a 27 de corrente mês de Maio! Inquietante? Sim! Surpreendente? Não, de todo. Com este governo socrático já nada surpreende. É o governo mais reaccionário desde o 25 de Abril de 1974! Uma desgraça! Uma vergonha! A esperança é nula. Mas, para ficarmos de consciência tranquila e cumprirmos o nosso dever de cidadania (tal como o Descavacado, perdão, o Acabado - coitado!, parece um esqueleto... - anda por aí a nada fazer!) repete-se aqui e agora o Aviso, acrescentando este terceiro quadro, maior, porque, pelos vistos, a miopia do governo é muito pronunciada...

Nota
: Este post não foi publicado mais cedo porque o Sócras teve uma sorte enorme devido às condições meteorológicas que este ano também estiveram "feitas" com ele. Só que agora achei oportuno publicar o post porque li no jornal "A Dica da Semana" um artigo sobre os incêndios com fotografias da "Floresta do Parque Natural da Serra da Estrela tenta renascer das cinzas".

Link relacionado.

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10 setembro 2012

Ainda o Simplex

Simplex foi a designação acolhida pelo governo para a sua iniciativa de combate à burocracia. Convenhamos que o nome se adequa mais a uma pomada para as varizes do que a um programa governamental. São 333 - nem 332 nem 334, mas, precisamente, 333 - o número de medidas que o compreendem. Trezentos e trinta e três cheira a enxofre e apela à cabalística. É um número estranho, inquietante e diabólico. Exala intenso odor e sugere a presença do mafarrico.
Numa perspectiva mais terrena e simplex, 333 medidas constituem um pacote interminável de actos, procedimentos, requerimentos e circulares e comportam uma ruptura com muitos anos de rotinas administrativas. Mas ninguém se iluda. Para muitos o Simplex vai ser verdadeiramente complicadex. A opinião pública não cessou ainda as loas à visão e à audácia do governo, enaltecendo a sua determinação e saudando a sua coragem. O Simplex é maravilhex e vai dar um resultadex. Como o Nasex, desobstruirá as narinas congestionadas de um Estado constipado e ranhoso. Como o Durex, evitará doenças e pragas e protegerá a papelada de procriações não desejadas e irresponsáveis. Como o Fludex, regulará a tensão de uma estrutura pública ansiosa e hipertensa. Como o Mijex, repelirá os insectos que parasitam e afligem a imensa epiderme gordurosa do "monstro", assim baptizado pelo ora presidente Cavaco.
Fiquei, porém, preucupado com o esclarecimento prestado por ilustre professor universitário e farmacêutico, velho amigo e renomado especialista destas matérias. O sufixo "ex" prenuncia medicamento fraco, quase placebo, um pouco "banha da cobra". Assim, na lógica farmacêutica, o Simplex valerá mais pelo continente do que pelo conteúdo e, na prática, pouco mudará. Esta perspectiva científica não permite alimentar muitas esperanças relativamente a um programa com este sufixo. Não podendo o governo alterar aquele, mude pelo menos este. Adopte um "ox" que contagia e dá força, ou um "in", mais aveludado e interactivo. Este último, aliás, condiz melhor com o estilo fashion do primeiro-ministro e com o moleskin que garbosamente deposita na já famosa mesa de pé de galo onde semanalmente reúne com o PR.

NM, Zé de Bragança.
Malaposta 1º modelo português de 1798

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01 setembro 2012

PIB em Portugal

Portugal tem o PIB mais baixo na UE

Salário mínimo luso só aumentou 99 euros em sete anos, quando em Espanha subiu 240 euros.

A economia da União Europeia (UE) está a recuperar, mas ainda apresenta um forte desvio no PIB port habitante em relação aos países industrializados da Organizacão para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) com melhor desempenho, nomeadamente os EUA.
Segundo um relatório desta organização, apresentado e a que o Destak teve acesso, Portugal é o país da UE a 15 que apresenta a maior diferença para os EUA no PIB por habitante e na produtividade: menos de 50% na paridade de poder de compra - unidade fictícia que permite comparar os vários países, tendo em conta os diferentes preços e taxas de câmbio.
Percentagem tão mais preocupante quando o défice médio dos 15 Estados membros não chega aos 30% no PIB per capita e fica pouco acima dos 10% na produtividade.

Salário mínimo aumenta menos.

O relatório da OCDE indica as dificuldades que a economia portuguesa enfrenta para estar ao nível das suas congéneres europeias, tendência também confirmada por um estudos do economista Eugénio Rosa.
De acordo com o especialista, que já colaborou com a CGTP, a divergência económica estende-se ao campo social. Isto porque, entre 2000 e 2007, o salário mínimo luso aumentou 99 euros, bem menos que em Espanha (240 euros) ou Irlanda (458).

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04 março 2012

A Ota e o facto consumado

(Clique nas imagens para ampliar)


Decorridos 20 anos após os primeiros estudos, vamos ter finalmente um novo aeroporto, na Ota. O Governo está a dar todos os passos importantes e necessários para que tudo decorra de forma transparente, explicou por que razão tomou esta decisão e mostrou os estudos que a fundamentam, e pediu que todos aqueles que não concordam apresentem também os seus documentos e estudos. Está tudo muito bem. Porém, se é assim, o primeiro-ministro não poderia ter dito que os argumentos que apresentou são definitivos. Se alguém diz que uma coisa é definitiva, é porque acabou a discussão e não há lugar à apresentação de mais documentos.
Espero que este não seja o fim, mas o princípio de um caminho que permita às autoridades mais importantes de Portugal, do ponto de vista da engenharia, do ambiente e das comunicações, trazer as suas razões à coacção. Isto porque há muitos argumentos desconhecidos, de pessoas que são contra este projecto, e que são também importantes, como seja o caso de este aeroporto da Ota ser construido entre leitos de duas ribeiras, e o da distância, que poderá originar grandes perdas de receitas no turismo. A questão é saber que impacto irá ter sobre a capital, sabendo nós que é uma das grandes geradoras de riqueza nacional.
In Metro, Crónica, Nuno Rogeiro.

Nota: geralmente este blog não gosta do Nuno Rogeiro. Ou melhor, umas vezes sim, outras não. Falta-lhe coerência. Depende do assunto e de como começa (bem ou mal). Acho que faço bem em introduzir esta nota para evitar mal-entendidos.

---

Pesquisa Google, links a propósito:

Link1, Link2, Link3 (blogs.sapo!...), Link4. Chega, havia muitos mais.

A foto de baixo também surgiu na pesquisa "Hills and Valleys". Entre outras escolhi a de baixo porque o vale está verdinho (e é na Ota) por causa da chuva que tem caído; a água da chuva que cai nas serras circundantes junta-se à que cai no vale e, se o Inverno for muito rigoroso, tornar-se-á no maior lago do mundo! Enquanto isso não sucede, já era altura de mandarem para lá uma ou duas manadas e seis ou oito rebanhos para rentabilizar esta oferta da Natureza.

(o autor do texto nada tem a ver com o resto)

Edição: Acabei de receber um email (14:40) do Ministro da Agricultura a comunicar-me que já tinha enviado para o vale os primeiros animais.


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01 dezembro 2011

9 Outubro 2005

Tarde de 9 Outubro 2005. Acabei de regressar da Escola Secundária António Sérgio, onde funcionam as mesas de voto. Deram-me três boletins: amarelo, branco e verde.
Nos dois primeiros pus a cruz na formação partidária que figura em último lugar nos boletins. A terceira cruz foi colocada no primeiro lugar.
As posições relativas dos partidos nos boletins de voto não são iguais em todo o país (julgo eu). Como o site da CNE, que ando a testar há três dias, não está a funcionar bem (devem ter abandonado a manutenção por falta de dinheiro...), para facilitar a projecção de resultados às Tvs e à imprensa, informo que as referidas posições relativas na minha aldeia correspondem à CDU:
**Câmara Municipal** ** Asembleia Municipal**
.Junta Freguesia. (foto não disponível)
Mafamude
Paulo Tavares
Trabalhador da EDP,
licenciado em Administração Pública
.
.
**Ilda Figueiredo ** .. . . **Filomena Tavares**
Não há aqui pois lugar às queixas do costume: rosa-laranja-rosa-laranja. Se as Tvs e a imprensa não estiverem de acordo, é favor avisar para que eu trate de comprar um cérebro novo e pô-lo a trabalhar já nas próximas eleições.

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24 junho 2011

Carta ao Primeiro-Ministro


Hoje recebi, via CTT, enviada por um amigo algarvio e ex-camarada da CCAV1403/BCAV1851, (que em Agosto/65 foi mandado - o BCAV - para Angola com a missão de "defender a pátria de Salazar") uma carta assinada à mão (esferográfica de cor azul, para que não haja dúvidas) não por ele mas pelo "Autor" (também escrito à mão), igualmente algarvio e da mesma cidade do sotavento.
O meu amigo nenhum "recado" juntou à carta e não era preciso: basta ler o que vou copiar:
---
Caro Sr. Primeiro-Ministro
Esta carta não é anónima por não ser assinada - porque vai assinada por mim! - mas é anónima porque reflecte aquilo que qualquer cidadão anónimo que trabalhe para o capitalismo poderia escrever.
Venho por meio desta comunicação manifestar o meu total apoio ao seu apregoado esforço de modernização do nosso país. Como cidadão comum, não tenho muito a oferecer além do meu trabalho, mas já que o tema da moda é Reforma Tributária, percebi que, ainda assim, posso definitivamente contribuir com mais do que tenho egoistamente contribuido até agora.
Vou explicar:
Por força da actual legislação, pago na fonte 31% do meu salário: 20 para o IRS e 11 para a Segurança Social. Como pode ver, sou um cidadão afortunado.
Cada vez que eu, no supermercado, gasto o que o meu patrão me pagou, o Estado, e muito bem!, fica com 19% para alimentar os grandes figurões e as suas lindas passarinhas, os amigos, os primos e os compadres.
Ora, 31+19=50.
Sou obrigado a concordar que é pouco dinheiro para o governo fazer tudo aquilo que promete ao cidadão em tempo de campanha eleitoral.
Mas o meu patrão é obrigado a dar ao Estado, e muito bem!, mais 23,75% daquilo que me paga para a Segurança Social, ainda mais 33% para as Finanças.
Ora, 50+23,75+33=106,75
Além disso quando compro um carro, uma casa, herdo um quadro, registo os meus negócios ou peço uma certidão, o Estado, e muito bem!, fica com quase metade das verbas envolvidas no caso - mas isto já dou eu de borla.
Tenho então uma sugestão, que é a de invertermos o negócio entre mim e o Estado português: declaro que autorizo o Governo a ficar com o meu salário todo.
Funcionaria assim: eu fico com 6,75% dos impostos que o Estado recebe por causa do meu salário - que é o que ultrapassa os 100% do mesmo, e o Governo paga por mim o seguinte:
-Despesas escolares, - Seguro de Saúde, - Despesas com médicos, - Medicamentos, - Materiais escolares, - Condomínio, - Água, - Luz, - Telefone, - Energia, - Supermercado, - Gasolina, - Vestuário, - Lazer, - Portagens, - Cultura, - Contribuição Autárquica, - IVA, - IRS, - IRC, - Imposto de Circulação, - Segurança Social, - Seguro do carro, - Inspecção periódica, - Taxas do Lixo, reciclagem, esgotos e saneamento e todas as outras taxas que nos impinge todos os dias, - Previdência privada e mais qualquer taxa extra que porventura seja repentinamente criada por qualquer dos poderes: Administrativo, Legislativo, Judiciário, Político ou da Comunicação Social
Um abraço Sr. Primeiro-Ministro, e muito boa sorte, do fundo do meu coração!
PS: Podemos até negociar a percentagem.
----
A carta termina com a assinatura:
Autor xxxxxxxxx (assinatura legível)
xxxxxxxx (cidade)
---
Nota: o layout supra correspondente à descrição dos items é, por razões técnicas, diferente do da carta, que a apresenta em duas colunas verticas divididas por um traço também vertical.

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30 maio 2007

Greve Geral

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07 maio 2007

Ota e mais Ota

Ota põe fim à construção do IC11.

Não chegaram os aviões femininos que aterraram na Ota em Novembro 2005? Tive que vir eu? Como posso com tantos aviões femininos?...

O Governo anulou o concurso para a concessão do Itinerário Complementar (IC11), entre Torres Vedras e Carregado, segundo um despacho publicado. O Governo justifica a anulação por legalmente não ser possível integrar no concurso para o IC11 o estudo de um novo corredor, que será construído, em função do novo aeroporto da Ota. Por causa desta nova ligação, o Executivo considera que a continuidade do processo de adjudicação do IC11 comprometeria o interesse público.
O IC11 iria ligar o Carregado à A8, cuja ligação se faz agora na zona de Pêro Negro. Mas a construção do aeroporto da Ota, na região de Alenquer, fez o Governo rever os seus planos e a construção do IC11 estava suspensa desde 2002. As empresas Brisal e Aelt, vencedoras do concurso público para a construção desta via rápida são, para já, as entidades mais prejudicadas.

O Oeste vai ter o maior campo de golfe da Europa. Mais 11 hotéis no Oeste

Em contrapartida, por causa da Ota, a região Oeste está a tornar-se num pólo de atracção de investimento. O presidente da Região de Turismo do Oeste anunciou que a região terá entre 12 a 15 hotéis de cinco estrelas, até 2015.
António Caeiro revelou ainda que "entre a zona Oeste e o Ribatejo, vai nascer o maior complexo de golfe da Europa, num terreno de 4.500 hectares", situado a norte do futuro aeroporto da Ota.


Nota:

Já em 2005 tinham aterrado no lamaçal da Ota os primeiros aviões femininos, conforme meu post de 29 Novembro 2005!!! Agora foi a vez de aterrar um avião masculino, conforme imagem ao cimo do post! Não acham que aqui há gato?...

Então não se vê keu tou aki?

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06 abril 2007

Mais injustiça

«DECO vai deixar de ter alguns projectos»

«Injustiça despropositada»A
poios financeiros às associações nacionais de defesa dos consumidores vão ser suprimidos.
Os 25 Estados membros da União Europeia
aprovaram esta decisão em Bruxelas no quadro da política do consumidor. Portugal foi representado pelo secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação, António Castro Guerra, que não concordou com o corte, mas que votou a favor do programa de acção para 2007/2013.

No caso português, a DECO beneficiava de uma ajuda financeira por parte da União Europeia de 5%. Em declarações ao Destak, o secretário-geral da DECO, Jorge Morgado, referiu que, apesar de os apoios "não terem grande expressão, eram às vezes decisivos".

Adiantou, também, que esta resolução é "uma injustiça despropositada e que pontualmente vai deixar de haver alguns projectos da DECO". O presidente da Associação Portuguesa de Direito do Consumo também manifestou o seu desacordo, pois considera que esta anulação de verbas vai desvalorizar a importância das associações.

Find B.Cav 1851 & C.Cav 1403:

doMalaposta

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04 abril 2007

Precedente perigoso

O jornalismo não pode ser praticado assim e os tribunais não podem condescender, brandamente, com o papão do poder mediático.

Um cidadão inglês saía de um cinema quando o primeiro-ministro sueco Olof Palme foi assassinado, perto dele, em 1986. Dois jornais suecos, "Expressen" e "Aftonblader", acusaram-no de ser o provável criminoso. Nada disso se provou. O cidadão, Anthony White, que agora vive na cidade da Beira, em Moçambique, processou os jornais exigindo indemnizações por ofensa ao seu bom nome. Mas os tribunais suecos não lhe deram razão e ele decidiu recorrer para o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.

Há pouco tempo o Tribunal de Estrasburgo proferiu, enfim, sentença: absolveu os dois jornais. Porquê? Porque - disse o Tribunal - os jornais tinham cumprido o seu dever de informar: "O interesse público na publicação dessa informação sobrepunha-se ao direito do queixoso da protecção da sua reputação."

Discordo. A menos que haja pormenores que desconheça, o que resulta daqui é muito simples: amanhã vou ao cinema, à saída matam alguém e no dia seguinte leio num jornal o depoimento de um senhor que diz que fui eu o assassino. Estou feito.

O jornalismo não pode ser praticado assim e os tribunais não podem condescender, brandamente, com o papão do poder mediático. Antes de ser jornalista sou cidadão e não gosto mesmo nada deste precedente.

No entanto, ainda há pouco tempo subscrevi um apelo ao bom-senso do Parlamento por causa da proposta de lei de Estatuto do Jornalista, que traz coisas do tempo da "Outra Senhora". Como o texto dos jornalistas poder ser mutilido sem aviso por um qualquer editor idiota ou quando é preciso mais espaço para um anúncio. Que é lá isso?

Nem a sentença do Tribunal de Estrasburgo nem esta muito questionável proposta de lei convidam a melhores tempos. Não, não.

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26 março 2007

O analfabeto político

O pior analfabeto é o analfabeto político.

Ele não ouve, não fala, nem participa nos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha,

do aluguer, dos sapatos e dos remédios dependem de decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e incha o peito dizendo que odeia a política.

Não sabe que é imbecil, que da sua ignorância política nasce a prostituta,

o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos

que é o político vigarista, sacana, corrupto, o lacaio dos exploradores do Povo!


Bertolt Brecht

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19 março 2007

Aviso ao governo

No início da Primavera...

... Chamo a atenção do Governo, com muita antecedência, para que tome as medidas necessárias no sentido de evitar a repetição da catástrofe dos incêndios havidos no Verão dos anos anteriores. Depois não digam que não avisei! Aliás, já há dois anos que venho avisando, sem quaisquer resultados.
E isto escolhendo estas cores fortes por forma a evitar que o Governo venha com desculpas do género "o aviso não estava suficientemente visível", etc.

Link relacionado.


É necessário poupar os poucos sobreiros que ainda restam!
Claro que o Malaposta tem razão e principalmente este ano com o Sócras vais ser uma miséria.

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18 março 2007

Como entalar um imbecil



Um tal Dinesh D’Souza (a cacofonia com o português é notável), conhecido nos meios académicos americanos pelas suas ideias ultra-conservadoras, acabou de publicar nos Estados Unidos um livro que tem como sugestivo título mais ou menos isto: «O inimigo em nossa casa: a esquerda cultural e a sua responsabilidade pelo 11 de Setembro».

Claro que é para vender como pãezinhos quentes nos Estados Unidos um livro que atribui toda a responsabilidade pelos ataques terroristas à esquerda e à sua «agressiva campanha à escala global para acabar com os tradicionais valores da família patriarcal».

Mas acontece que o bom do Dinesh D’Souza caiu na asneira de ir promover o seu livro ao programa de televisão de Stephen Colbert.

O resultado é absolutamente notável!!



(Clicar sobre a imagem para ver o filme)



Nota: Post completo copiado do excelente Random Precision, com a devida vénia ao Luis.

Edição: Outra leitura a não perder: O terrorismo neoliberal de Sócrates, por Sofocleto, em Um Homem das Cidades.

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16 março 2007

Mais-valias

Portugal fora da lei, como sempre!


Portugal vai ter de rever mais-valias


A lei sobre as mais-valias na venda de habitação que vigora em Portugal vai ter de ser alterada. Uma decisão do Tribunal Europeu de Justiça considera a legislação portuguesa contrária aos princípios comunitários. Segundo a Lei nacional, se a mais-valia obtida na venda de uma casa for reinvestida noutra habitação, fica isenta de IRS. Mas só se essa outra habitação se situar em Portugal. Bruxelas entende que a cobrança de IRS, quando as mais-valias são aplicadas em casas fora de Portugal, é um entrave à livre circulação de pessoas e capitais no territótio europeu. O Tribunal concordou e obriga Portugal a alterar a lei.

QUE VERGONHA!

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07 março 2007

Estranho aniversário

O governo perfez dois anos...


Atingiu o meio do mandato. Prodigalizaram-se os analistas em balanços. Benévolos e condescendentes uns, laudatórios e encomiásticos outros. Da direita à esquerda se enalteceu o espírito reformador, a intrépida coragem no confronto, o desígnio assumido, a regeneração das finanças públicas, o êxito fiscal, etc. Sócrates visto pela imprensa é mais do que o homem providencial. É a Providência em pessoa.
Icon do Zé de BragançaOs números, porém, são o que são. Podem ser lidos de maneiras diversas mas não admitem a persistência dos enganos. A taxa de desemprego registada no último trimestre do ano findo atingiu os 8,2 por cento. Recorde-se que em 2005 se cifrou em 7,6 por cento e foi por Sócrates qualificada de escandalosa e invocada como razão suficiente para a mudança política prometida. A taxa de crescimento económico persiste incipiente, bem longe dos 2 por cento do PIB e ainda mais longe dos 2,7 por cento estimados pela UE ou dos 2,3 por cento previstos para a Zona Euro. Ou seja, no decurso deste ano aprofundar-se-á dramática e irreversivelmente o fosso entre Portugal e os seus parceiros europeus e o esforço de convergência - evocação permanente para todos os muitos sacrifícios - redundará num enquistamento tumefacto da divergência, que de endémica passará a patológica. As comparações que sempre se fazem entre economias no espaço europeu defenestram-nos, pois, para o fim do grupo do "carro-vassoura", acolitados por Malta que, se porfiar um poucochinho, nos ultrapassará em velocidade de ponta. Até no Índice de Desenvolvimento Humano, de acordo com o último Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Portugal desceu duas posições relativamente a 2004 e uma relativamente a 2005. Estamos hoje em 28º lugar, sendo que no conjunto de países da União Europeia nos situamos numa triste e apagada 17ª posição.
Nos últimos doze meses, segundo o Expresso, as famílias portuguesas pediram emprestados à banca mais de 15 mil milhões de euros, um novo máximo nacional. O nosso endivididamento ultrapassava em finais do ano transacto 115 mil milhões, ou seja, 76 por cento do PIB. Nas dívidas disputamos a primazia europeia. Haja quem pague é o novo lema nacional.
O país empobrece, o desemprego aumenta, as famílias estão crescentemente endividadas. Mas Sócrates continua a vender a imagem do político decidido, resoluto, competente e eficaz. Em quê, cabe perguntar. Precisamente nessa nobre e difícil actividade de vender a melhor imagem de si próprio.

in NM/JN

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22 fevereiro 2007

Lição espanhola

Como se verifica, falta aqui um rectângulo! Porquê? Porque em tempos recuados eram frequentes os 'negócios' entre barões de lá e baronesas de cá!...
Apontar o rato sobre a imagem.



Ao longo dos últimos 5 anos, Espanha cresceu 8 vezes mais rápido do que Portugal!





Nos últimos cinco anos a Espanha cresceu oito vezes mais rápido do que Portugal! Num mercado quatro vezes superior e uma maior centralidade europeia são por si só suficientes para explicar as diferenças de crescimento entre Portugal e Espanha nos últimos anos? Certamente que não. É claro que os dois factores ajudam e, sobretudo, tornam Espanha menos influenciável e mais preparada para choques económicos externos - como o de 2001, em que a economia mundial entrou em recessão - mas não respondem, por si só, a diferenças tão marcantes.


O

segredo da "modiva" espanhola e da sua crescente e real ambição no xadrês europeu não é fruto da conjuntura nem nasceu agora. Passou, nos anos 90, por ter resistido a engordar e politizar a sua administração pública quando a taxa de desemprego ultrapassava os 20 por cento da população activa. Ao invés, com a adesão ao mercado europeu e a chegada de fundos comunitários, o país redimensionou toda uma economia enfraquecida por décadas de um relativo imobilismo e proteccionismo. E assim, quando em Portugal os sucessivos Governos publicitavam uma das taxas de desemprego mais baixas do espaço europeu - com entradas maciças na administração central e local - Espanha teve o cuidado de enfrentar a enorme tensão social e reestruturar para, mais tarde, reagir em força.


Os resultados estão à vista: ao longo dos últimos cinco anos, Espanha cresceu oito vezes mais rápido do que Portugal e o dobro da média europeia. O nível de vida de um trabalhador espanhol aproximou-se do padrão europeu e o dos portugueses regrediu, tornando-nos ainda mais pobres, comparativamente. Com um Estado a pesar substancialmente menos na economia, uma administração pública bem mais eficaz e contas equilibradas, Espanha teve fôlego para cortar na carga fiscal e captar investimento. Portugal aumentou-a, empurrado por um défice sempre em derrapagem e com o IVA a ser um factor de peso na concorrência das empresas nacionais com o principal parceiro e rival comercial.

N

um quadro de economia aberta, o velho e bafiento adágio popular "nem bons ventos, nem bons casamentos" tem sido, desde há muito, substituído por uma palavra-chave: competitividade. E Portugal não se tem mostrado à altura do desafio; quer por culpa de um empresariado pouco dinâmico, quer por responsabilidade de um Estado que foi, lentamente, asfixiando a economia. Em questões macro, o bem-estar social no curto prazo raramente significa prosperidade no longo. Espanha é, nesse campo, uma lição a ter em conta.

O autor do Malaposta já se encontra "retired" e gostaria de ir viver para Espanha, nomeadamente Olivenza, de que gosta muito. No entanto, e para continuar a receber a sua pensão que o Sócras tem vindo a diminuir, contentar-se-ia em ficar em Portugal, mas perto da fronteira, em sítio bonito e sossegado (longe da confusão das grandes cidades), particularmente no bonito concelho de Borba, perto de Vila Viçosa, terra da Florbela Espanca (ver mapa). Estaria perto da fronteira, por isso com facilidade de atravessar para o "lado de lá", podendo assim benificiar de melhores condições nas compras que desejasse fazer. Acresce que, para continuar a ser útil à sociedade, pediria emprego como porteiro nesta Escola ou então como servente na Casa de Terena.

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