Modelo importado da Inglaterra em 1854
Malaposta

Em 1859, a ligação entre Lisboa e Porto através das carreiras da Malaposta fazia-se em 34 horas e passava por 23 estações de muda. Apesar do bom serviço que as diligências prestavam nessa altura, a sua extinção foi irreversível com o aparecimento do comboio, embora se mantivessem em actividade durante mais algum tempo, como atestam os «manuais do viajante» da época.

01 novembro 2006

Portugal à frente«««


Portugal é onde se estuda menos. População passou, em média, oito anos e meio no sistema de ensino, com o valor mais baixo da OCDE!



Portugal está na frente cauda da tabela da educação.

Portugal é o país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) onde a população adulta passou menos tempo no sistema de ensino. Segundo o relatório Panorama da Educação de 2006, os adultos entre os 25 e os 64 anos estudaram, em média, durante oito anos e meio, menos do que a média dos 30 países da organição. O balanço mantém-se preocupante na faixa entre os 25 e os 34 anos, onde 69% das pessoas não concluíram o secundário, o dobro da média da OCDE: 27%. O cenário piora nos adultos entre 25 e 64 anos: só um quarto desta faixa etária conclui, pelo menos, o ensino secundário, quando na OCDE a percentagem é de 67%.
O relatório aponta Portugal como o país que menos tempo dedica à Matemática e às competências da língua materna no currículo do 2º Ciclo do Ensino Básico (5º e 6º anos). Segundo dados de 2004, só 12% do currículo dos alunos lusos (dos 9 aos 11 anos) é consagrado à Matemática, menos 4% do que a média dos países analisados. Nas competências como a leitura e a escrita, Portugal volta a figurar na cauda: os 15% destinados são inferiores em 9 pontos à média da OCDE.
Nota do Malaposta: Conforme imagem, Portugal lidera, lidera, lidera...
in Destak, com Lusa.

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7 Comments:

At 02 novembro, 2006 19:51, Blogger Marco Aurélio said...

Lancei para meus alunos um desafio. Se quiser ver, apareça. Te descobri procurando quem tinha usado nas postagens a palavra matemática.
Peço para você não propor solução nenhuma nem dar pistas. Se quiser comentar tudo bem mas por favor sem nenhuma ajuda aos meus alunos.

Um abraço

Marco Aurélio

 
At 02 novembro, 2006 22:17, Blogger Diogo said...

A.Castro,

Eu estudei 18 anos (chumbei um ano). E coloco-te a seguinte questão: fará sentido estudar 18 para trabalhar 36? Um terço da nossa vida útil é passada a aprender para os restantes dois terços?

Um abraço.

 
At 02 novembro, 2006 22:48, Blogger a.castro said...

Sofocleto,
Não, de facto não faz qualquer sentido "desperdiçar" um terço da nossa vida útil. Cada vez mais é assim e o futuro dos jovens actuais, que quando acabam de estudar já não são tão jovens quanto isso, fica irremediavelmente comprometido. E as consequências são de vária ordem: éconómica (falta de emprego), morais e psicológicas. O meu filho, com a licenciatura em Economia pela FEP, tem 31 anos de idade e até à data não arranjou um emprego estável. Conseguiu uns contratos a prazo, na BP ou associadas, com a categoria de "empregado de escritório" (!!!) e um salário a condizer... (e vai alternando com o Desemprego... até ver para pior!). Desiludido com este país de m...., diz ele que preferia não ter estudado o que estudou.
Eu estudei 16 anos, sempre em regime nocturno (excepto os primeiros 4 do primário), com um "intervalo" de 4 anos para o serviço militar, de 1965 a 1967, incl., porque aos 14,5 anos já trabalhava. Isso, não obstante o sacrifício, pelo menos salvaguardou o meu futuro... que aos poucos o Sócras vai pondo em causa!
Um abraço.

 
At 02 novembro, 2006 23:09, Blogger MGomes said...

O ensino é na verdade o grande problema que Portugal tem por resolver. É incrivel como nestes últimos trinta anos nada se fez no sentido de ajustar o ensino secundário e superior ás necessidades produtivas do país. Aí pela década de sessenta, apesar de vivermos uma lógica política errada e desajustada nos tempos, o poder teve a lucidez de criar condições ao nível do ensino secundário para corresponder ás necesssidades de procura do aparelho produtivo que apareceram com a industrialização de vários sectores importantes da economia. Estou a falar dos transportes, indústria química, reparação e contrução naval, metalomecânica, etc, etc. E houve resultados, os jovens tinham garantia de emprego assim que saíam das escolas e as empresas beneficiavam ao nível da formação dos novos empregados.
Hoje, o que vemos? Escolas ao nível do secundário de onde saem alunos sem qualquer aptidão para o mundo do trabalho, escolas superiores a licenciarem alunos com cursos não homologados pelo Ministério da Educação ( aconteceu há uns anos atrás) e por último 50.000 alunos licenciados de cursos sem a necessária correspondência profissional no mundo do trabalho. A isto chama-se laxismo e desorganização de quem tem a obrigação de gerir um país e fomentar bem estar social aos portugueses que acreditam ainda de que a esperança ainda é possível.
Compreende-se que a globalização complicou em muito a vida aos países menos capacitados por esta economia de portas escancaradas, mas temos exemplos de outros, aqui bem perto de nós, que só conseguiram sair da "nomeação" dos piores, com uma aposta séria e forte ao nível do ensino. Nós também conseguiremos, assim a seriedade ilumine de vez, quem por obrigação tem de trabalhar pelo país.
Um Abraço

 
At 03 novembro, 2006 02:27, Anonymous Anónimo said...

Faz-me confusão esta descrença no ensino! Pessoalmente também sou um recém licenciado a ser explorado pelo estado ao longo do meu ano de estágio, mas pelo menos não me roubem a esperança de fazer qualquer coisa com o meu canudo.
Entendo o pessimismo e a descrença como alguma falta de visão, esta coisa do fado e do saudosismo tem de se começar a perder. A soltar.
Hoje já não se é emigrante nem Imigrante, é-se Europeu, as vias não se esgotam na ponta do curso, como diz o outro: "É preciso ver".

 
At 03 novembro, 2006 21:31, Blogger inominável said...

ai ai ai...

o que dizer de mim que estudei... calma... tou a contar pelos dedos... novez vezes fora... tá quase... download completo: 23 anos até ao momento? não, nunca chumbei. sim, entrei aos 5...

e acredito na educação, não no tempo que dura, mas do que te dá em termos de qualidade...

 
At 04 novembro, 2006 01:24, Anonymous Anónimo said...

Vivemos numa época dificil, quém nao estuda tem dificuldades em encontrar trabalho e quém estuda, a saida também nao sabe se consegue..tenho um filho que vai acabar seus estudos para o ano, trabalhou bastante nestes 6 anos de universidade, e tudo que lhe desejo é arranjar emprego ao gosto dele...
obrigada pela tua simpatica visita ao meu blog ainda tudo novinho..
um beijo

P.S. desculpa meus erros, nunca andei na escola portuguesa..

 

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