Modelo importado da Inglaterra em 1854
Malaposta

Em 1859, a ligação entre Lisboa e Porto através das carreiras da Malaposta fazia-se em 34 horas e passava por 23 estações de muda. Apesar do bom serviço que as diligências prestavam nessa altura, a sua extinção foi irreversível com o aparecimento do comboio, embora se mantivessem em actividade durante mais algum tempo, como atestam os «manuais do viajante» da época.

31 agosto 2006

Ansiedade


Ansiedade, para que te queremos?



Por incrível
que pareça, a principal
missão é proteger
o organismo e evitar o pânico



Definir ansiedade é sempre complicado, mas todos sabemos o que é, e todos conhecem este estado. Não há uma só pessoa que nunca tenha experimentado algum grau de ansiedade, seja por estar a entrar numa sala de aula mesmo antes de um exame, antes de uma reunião importante ou por acordar a meio da noite com a certeza de que ouviu um ruído estranho na rua. Desconhecem é que sensações como tonturas, manchas nos olhos, formigueiros, músculos duros, quase paralisados e impressões de falta de ar ou mesmo de sufocamento os asfixia, podem também fazer parte da reacção de ansiedade. Quando estas sensações ocorrem e as pessoas não percebem porquê, a ansiedade pode atingir níveis patológicos raiando o pânico.


Embora por vezes desconfortável, a ansiedade é a reacção ao perigo ou à ameaça. Cientificamente, ansiedades imediatas ou de curto período são definidas como reacções de luta e fuga. São assim denominadas porque todos os seus efeitos estão directamente voltados para lutar ou fugir de um perigo. Assim, por incrível que pareça, o objectivo número um da ansiedade é o de proteger o organismo. Mas, mesmo nos dias agitados de hoje, este é um mecanismo necessário. Imagine-se a atravessar a rua quando de repente um carro, em grande velocidade, vai na sua direcção a buzinar freneticamente. Se não tivesse absolutamente menhuma ansiedade, estaria morto. Contudo, o mais provável é que a reacção de luta e fuga tome conta de si e corra para sair do caminho do carro para ficar em segurança. A moral desta história é simples - a função da ansiedade é proteger o organismo, não prejudicá-lo. Seria completamente inútil a Natureza desenvolver um mecanismo cuja função primordial fosse a de proteger o organismo e, por o fazer, prejudicá-lo. Por isso, aceite a sua ansiedade e aprenda a viver com ela.



A ansiedade pode atingir níveis patológicos de pânico!


Acima de tudo, a reacção de luta e fuga resulta numa activação geral do metabolismo corporal. Uma pessoa pode ter reacções de calor e/ou frio e, porque este processo utiliza energia, depois sentir-se geralmente cansada e esgotada. Como já referido, o efeito primordial desta reacção é alertar o organismo para possível existência de perigo, há uma mudança automática e imediata na atenção para pesquisar o ambiente em busca de ameaças potenciais. Por isso, passa a ser muito difícil concentrar-se em tarefas diárias quando alguém está ansioso. As pessoas ansiosas queixam-se frequentemente de ficarem facilmente distraídas durante as tarefas do dia-a-dia, de não se conseguirem concentrar e de terem problemas de memória. No entanto, nem sempre existe uma razão evidente para a ansiedade e infelizmente a maioria das pessoas não aceita o facto de não encontrar uma explicação.

in Metro

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