Modelo importado da Inglaterra em 1854
Malaposta

Em 1859, a ligação entre Lisboa e Porto através das carreiras da Malaposta fazia-se em 34 horas e passava por 23 estações de muda. Apesar do bom serviço que as diligências prestavam nessa altura, a sua extinção foi irreversível com o aparecimento do comboio, embora se mantivessem em actividade durante mais algum tempo, como atestam os «manuais do viajante» da época.

23 março 2006

Os Maias

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19 março 2006

The Godfather

O Jogo, inspirado no livro e filme O Padrinho, está quase a chegar às nossas mãos. Vamos entrar na poderosa família Corleone e teremos de provar que somos dignos de pertencer à maior organização criminosa, não podendo ir contra os valores da família, da lealdade e do respeito. O jogo tem como cenário Nova Iorque, nas décadas de 40 e 50, e nele poderemos escolher o caminho a seguir na vida criminosa, sendo o objectivo máximo ser o próprio Don Corleone. Poderemos criar o nosso aspecto, sendo o passo seguinte um tutorial, onde aprendemos o básico da vida criminosa. Já no enredo, teremos de cometer pequenos e grandes crimes, como assaltar diversos estabelecimentos ou mesmo matar, tendo ainda que escolher os "pequenos trabalhos" que quer fazer.
O inimigo serão outras famílias e será contra essas que teremos de lutar, adquirindo pontos à medida que conseguimos gerar mais ódio. As lutas poderão ser feitas corpo a corpo ou com armamento e poderemos contar com perigosas perseguições.
in Destak, que avisa serem da responsabilidade da revista online Gamerstek conteúdos deste género.
Nota: Quantas e que tipo de ilações se podem retirar de coisas destas?...


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08 março 2006

José Mário Branco

Cão de Guarda (link) publicou o post "Música", sobre José Mário Branco, que copio parcialmente dada a sua enorme extensão:
Vou, vou-vos mostrar mais um pedaço da minha vida, um pedaço um pouco especial, trata-se de um texto que foi escrito, assim, de um só jorro, numa noite de Fevereiro de 79, e que talvez tenha um ou outro pormenor que já não é muito actual. Eu vou-vos dar o texto tal e qual como eu o escrevi nessa altura, sem ter modificado nada, por isso vos peço que não se deixem distrair por esses pormenores que possam ser já não muito actuais e que isso não contribua para desviar a vossa atenção do que me parece ser o essencial neste texto.
Chama-se FMI.
Quer dizer: Fundo Monetário Internacional.
Não sei porque é que se riem, é uma organização democrática dos países todos, que se reúnem, como as pessoas, em torno de uma mesa para discutir os seus assuntos, e no fim tomar as decisões que interessam a todos...
É o internacionalismo monetário!
Entretém-te filho, entretém-te, não desfolhes em vão este malmequer que bem-te-quer, mal-te-quer, vem-te-quer, ovomalt'e-quer, messe gigantesca, vem-te vindo, vi-me na cozinha, vi-me na casa-de-banho, vi-me no Politeama, vi-me no Águia D'ouro, vi-me em toda a parte, vem-te filho, vem-te comer ao olho, vem-te comer à mão, olha os pombinhos pneumáticos que te orgulham por esses cartazes fora, olha a Música no Coração da Indira Gandi, olha o Muchê Dyane que te traz debaixo d'olho, o respeitinho é muito lindo e nós somos um povo de respeito, né filho? Nós somos um povo de respeitinho muito lindo, saímos à rua de cravo na mão sem dar conta de que saímos à rua de cravo na mão a horas certas, né filho? Consolida filho, consolida, enfia-te a horas certas no casarão da Gabriela que o malmequer vai-te tratando do serviço nacional de saúde. Consolida filho, consolida, que o trabalhinho é muito lindo, o teu trabalhinho é muito lindo, é o mais lindo de todos, como o astro, não é filho? O cabrão do astro entra-te pela porta das traseiras, tu tens um gozo do caraças, vais dormir entretido, não é? Pois claro, ganhar forças, ganhar forças para consolidar, para ver se a gente consegue num grande esforço nacional estabilizar esta destabilização filha-da-puta, não é filho? Pois claro! Estás aí a olhar para mim, estás a ver-me dar 33 voltinhas por minuto, pagaste o teu bilhete, pagaste o teu imposto de transação e estás a pensar lá com os teus botões: Este tipo está-me a gozar, este gajo quem é que julga que é? Né filho? Pois não é verdade que tu és um herói desde de nascente? A ti não é qualquer totobola que te enfia o barrete, meu grande safadote! Meu Fernão Mendes Pinto de merda, né filho? Onde está o teu Extremo Oriente, filho? Ah-ni-qui-bé-bé, ah-ni-qui-bó-bó, tu és 'Sepuldra' tu és Adamastor, pois claro, tu sozinho consegues enrabar as Nações Unidas com passaporte de coelho, não é filho? Mal eles sabem, pois é, tu sabes o que é gozar a vida! Entretém-te filho, entretém-te! Deixa-te de políticas que a tua política é o trabalho, trabalhinho, porreirinho da Silva, e salve-se quem puder que a vida é curta e os santos não ajudam quem anda para aqui a encher pneus com este paleio de Sanzala e ritmo de pop-xula, não é filho?
A one, a two, a one two three.
Versão completa no link "Música".

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06 março 2006

Fome em Portugal


Temos vergonha de admitir que há fome em Portugal,
diz o padre Agostinho Jardim Moreira. Numa altura em que nos entretemos a questionar sobre a necessidade do TGV e da Ota, em que receamos os efeitos da crise e da recessão, se calhar não "apetece" falar da pobreza e menos ainda da fome
Mas são mais de 200 mil, dizem os números oficiais, a que não se junta a fome que não se vê. O padre Agostinho Moreira, enquanto sacerdote e presidente da Rede Europeia Antipobreza/Portugal, convive diariamente com esta realidade. E fala-nos dela, do que se tem feito para a combater e da pouca solidariedade dos portugueses.



Há anos que o número oficial da fome em Portugal se mantém nos "mais de 200 mil" e o da pobreza nos "dois milhões", mas todos sabemos que tanto um como outro estão longe da realidade.
São, são muitos mais os pobres e os que têm fome, só que o número real dificilmente o saberemos. Os números são os mesmos porque a gente não quer mudar nada. Ainda não houve vontade, nem da parte da sociedade civil nem dos políticos, de resolver o problema.
Envergonha-nos assumir que no nosso país há fome?
Envergonha-nos muito e é por isso que não queremos admitir... Em 1990, quando comecei a andar por Bruxelas por causa da rede [Europeia Antipobreza/Portugal], nem havia pobres nem havia desempregados no nosso país.
De que fome se fala quando se fala em 200 mil?
Apenas da fome mais visível, dos que procuram as instituições. É a fome dos sem-abrigo; é a fome dos idosos que vivem isolados e em condições mínimas de subsistência, sobrevivem com umas bolachas e um copo de leite... Depois há a fome envergonhada e sobre essa não há estatísticas.
Acredita mesmo que é um problema com solução?
Claro que sim, porque o problema não é a falta de géneros nem de produtos alimentares. Quantos agricultores deitam fora o excesso de produção porque a União Europeia decidiu que deviam produzir menos? E também não é a falta de riqueza; ela existe, está é mal distribuida.
O que sugere?
Há várias coisas que faltam, entre elas uma mentalidade diferente. No caso das crianças, falta uma política de educação... no caso dos idosos, é importante aumentar as pensões.
Isso remete-nos uma vez mais para a questão das oportunidades e da inserção social...
Os políticos, neste momento, estão reféns dos grandes grupos económicos. O objectivo é o lucro e o lucro dá poder. As pessoas, se vivem bem ou não, isso é secundário. As pessoas são apenas instrumentos ao serviço da economia. Ainda por altura da Expo'98 dizia-me um senhor importante: "Não se esqueça de que todos os impérios se fizeram à custa de escravos". Ora, se a mentalidade que preside é construir à custa da exploração ou de baixos salários, não importa, o que importa é que se construa.
Continua a pensar que em Portugal só existe fado, futebol e Fátima?
Não vejo muito mais. Agora até vejo pior: desencanto.
in Notícias Magazine do JN.

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