31 março 2007
29 março 2007
Rostos na Internet
Programa informático permite localizar rostos na Internet!
ocalizar rostos na Internet tornou-se mais fácil a partir de Março, quando uma equipa de investigadores suecos lançou um novo programa informático desenvolvido para o efeito. A nova ferramenta utiliza tecnologia de reconhecimento de padrões, que permite identificar rostos específicos. O software, compatível com os navegadores Internet Explorer e Firefox, permitirá também associar informações descritivas às fotografias, potenciando o desempenho de recursos de busca computorizada, como os do Google e do Yahoo.
A versão mais simples do programa visa ajudar um utilizador a separar e agrupar fotos pessoais rosto a rosto. Em termos mais amplos, a ferramenta permitirá localizar imagens semelhantes em toda a Internet. Além de analisar a divisão de rostos, converte os dados de imagens bidimensionais em modelos tridimensionais, chamados impressões faciais.
«Estamos na era visual da web e isso terá implicações relacionadas com o tipo de informação que procuramos.»
(Mikkel Thagaard, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da companhia responsável por este programa.)
Etiquetas: Tecnologia
26 março 2007
O analfabeto político
O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa nos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguer, dos sapatos e dos remédios dependem de decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e incha o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe que é imbecil, que da sua ignorância política nasce a prostituta,
o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos
que é o político vigarista, sacana, corrupto, o lacaio dos exploradores do Povo!
Bertolt Brecht
Etiquetas: Política
24 março 2007
22 março 2007
A relatividade do tempo
É comum ouvir-se dizer que, agora, o tempo anda cada vez mais depressa, que os meses e os anos se sucedem a uma velocidade vertiginosa. Não se trata, apenas, de escutar a voz dos outros, mas também de sentir na pele essa aparente aceleração da vida. Regra geral, atribuimos a culpa dessa percepção a fenómenos de contornos mal definidos, a que chamamos, por exemplo, ritmo de vida moderno, potencialidades das novas tecnologias ou globalização. Contudo, quem não tiver a memória muito curta ou consulte documentação antiga, verificará que as gerações anteriores já se queixavam do mesmo; os nossos pais e avós passavam a vida a barafustar contra a falta de oportunidade para fazerem aquilo de que mais gostavam. Por outro lado, constatamos que nós próprios não produzíamos o mesmo tipo de queixume quando éramos mais novos nem é comum escutar, hoje, as crianças e os jovens a fazê-lo; vivem na mesma sociedade, mas parece que lá vão conseguindo encaixar as múltiplas actividades na agenda diária; habitualmente, os protestos relacionados com a repartição que fazem do seu próprio tempo surgem na boca dos mais velhos - papás, mamãs, educadores e afins.
Imagem: que queres dizer?
Tudo leva a crer, assim, que a percepção que temos da suposta celeridade do tempo tem mais a ver com a fase do ciclo de vida em que nos encontramos do que, propriamente, com a época histórica que se está a viver. Foi ao ouvir António Lobo Antunes, numa entrevista, preciosa, concedida recentemente a Carlos Vaz Marques, que se tornou mais perceptível a explicação do facto. Segundo o escritor - citando um livro antigo do qual não referiu a autoria -, entre uma criança e um adulto a diferença existente na forma de apreender o tempo que passa resulta da conjugação de dois factores. Assim, por um lado, há que levar em conta que, para alguém que tenha, por exemplo, cinco anos de idade, o passar de um ano representa um quinto da vida que já viveu até aí; ora tal fracção é uma parte muito substantiva da existência do indivíduo; mas, para quem tiver cinquenta anos, o mesmo período decorrido constitui uma parcela muito menor da vida já passada; assim, um ano parece ter corrido a galope! Por outro lado, quando ainda somos novos, somos protagonistas de eventos até aí desconhecidos; tudo se apresenta como novidade, não havendo muito espaço para que a rotina se instale; a aquisição progressiva de capacidades, os desafios que nos são colocados e a diversidade de experiências que vamos protagonizando contribuem para que cada fracção do tempo seja enriquecida por novas vivências; ao contrário, à medida que vamos envelhecendo, os nossos percursos de descoberta vão rareando, a actividade torna-se repetitiva, estereotipada, os estímulos afectivos e cognitivos tornam-se menos tempestuosos e a margem para estabelecer projectos futuros vai sendo cada vez mais estreita. Em cada unidade de tempo que se sucede à anterior, a probabilidade de surgirem acontecimentos marcantes em catadupa é cada vez menor.
Não custa admitir que o calendário pareça ser mais curto, quando os últimos dias que passaram não foram substantivamente diferentes dos anteriores; ou seja, é como se, em cada semana, tivessem passado apenas 24 horas...
Em conclusão, sob a forma de recado aos cotas: para que a nossa vidinha não pareça andar tão rápida, há que ter a coragem de nela lançar novidades... Tal não aumenta o tempo de estada por cá, mas faz-nos demorar mais a escrever a autobiografia. Sempre é uma consolação!
O autor do Malaposta julga ser seu dever deixar aqui uma referência ao Blog Pensamentos pela atitude louvável e meritória dos seus autores ou FILÓSOFOS, (por que não?) I.P. e H.R., atitude essa que se compreenderá clicando em Leituras no marcador Gavetas de Pensamentos (ou Pensamentos Passados) em geral e nesta em particular.
Etiquetas: Sociedade
19 março 2007
Aviso ao governo
... Chamo a atenção do Governo, com muita antecedência, para que tome as medidas necessárias no sentido de evitar a repetição da catástrofe dos incêndios havidos no Verão dos anos anteriores. Depois não digam que não avisei! Aliás, já há dois anos que venho avisando, sem quaisquer resultados.
E isto escolhendo estas cores fortes por forma a evitar que o Governo venha com desculpas do género "o aviso não estava suficientemente visível", etc.
Link relacionado.
Etiquetas: Política
18 março 2007
Como entalar um imbecil
Um tal Dinesh D’Souza (a cacofonia com o português é notável), conhecido nos meios académicos americanos pelas suas ideias ultra-conservadoras, acabou de publicar nos Estados Unidos um livro que tem como sugestivo título mais ou menos isto: «O inimigo em nossa casa: a esquerda cultural e a sua responsabilidade pelo 11 de Setembro».
Claro que é para vender como pãezinhos quentes nos Estados Unidos um livro que atribui toda a responsabilidade pelos ataques terroristas à esquerda e à sua «agressiva campanha à escala global para acabar com os tradicionais valores da família patriarcal».
Mas acontece que o bom do Dinesh D’Souza caiu na asneira de ir promover o seu livro ao programa de televisão de Stephen Colbert.
O resultado é absolutamente notável!!
Nota: Post completo copiado do excelente Random Precision, com a devida vénia ao Luis.
Edição: Outra leitura a não perder: O terrorismo neoliberal de Sócrates, por Sofocleto, em Um Homem das Cidades.
Etiquetas: Política
16 março 2007
Mais-valias
Portugal vai ter de rever mais-valias
A lei sobre as mais-valias na venda de habitação que vigora em Portugal vai ter de ser alterada. Uma decisão do Tribunal Europeu de Justiça considera a legislação portuguesa contrária aos princípios comunitários. Segundo a Lei nacional, se a mais-valia obtida na venda de uma casa for reinvestida noutra habitação, fica isenta de IRS. Mas só se essa outra habitação se situar em Portugal. Bruxelas entende que a cobrança de IRS, quando as mais-valias são aplicadas em casas fora de Portugal, é um entrave à livre circulação de pessoas e capitais no territótio europeu. O Tribunal concordou e obriga Portugal a alterar a lei.
Etiquetas: Política
13 março 2007
Slides Show
Nota 1: Algumas das imagens foram copiadas do site dum tal "E. Corbero", natural da Catalunha e residente em Barcelona. Essas fotos foram realizadas aquando do "Porto - Capital da Cultura 2001", pelo que muitas delas estão desactualizadas. Como de cada vez que clicava para copiar uma foto surgia um aviso de "direitos de autor", o E. Corbero pedia que fizesse referência ao site dele - e é o que me cumpre fazer. O site é este.
Nota 2: A melhor maneira de ver slide a slide é clicar em "View All Images" (abre uma nova janela) e ir clicando uma a uma.
Etiquetas: Pessoal
11 março 2007
50 anos de RTP
A RTP festejou 50 anos de uma existência irregular. Significativamente não há nenhum livro de história sobre a RTP. Ela própria transmite de si uma imagem retocada, cheia de brancas e pó de arroz, e , qual senhora de idade, não gosta de ser fotografada de muito de perto. Nasceu como um monumental instrumento de propaganda sem réplica do regime salazarista que lhe marcou a imagem com uma profunda cicatriz no interior de um corpo que cresceu numa endogenia envenenadora do sangue e lhe cruzou cumplicidades tão duráveis quão escondidas.
Vamos voltar a ver pela enésima vez a visita da Rainha Isabel, os programas de cinema de António Lopes Ribeiro, os poemas ditos por João Villaret, os magriços em Inglaterra, o Zip-Zip e Vitorino Nemésio, como se isso bastasse para esconder o papel político da RTP ao serviço da ditadura. A comissão que preside às comemorações dá bem a medida da evolução na continuidade que espera os telespectadores.
Etiquetas: Geral
10 março 2007
09 março 2007
07 março 2007
Estranho aniversário
Atingiu o meio do mandato. Prodigalizaram-se os analistas em balanços. Benévolos e condescendentes uns, laudatórios e encomiásticos outros. Da direita à esquerda se enalteceu o espírito reformador, a intrépida coragem no confronto, o desígnio assumido, a regeneração das finanças públicas, o êxito fiscal, etc. Sócrates visto pela imprensa é mais do que o homem providencial. É a Providência em pessoa.
Os números, porém, são o que são. Podem ser lidos de maneiras diversas mas não admitem a persistência dos enganos. A taxa de desemprego registada no último trimestre do ano findo atingiu os 8,2 por cento. Recorde-se que em 2005 se cifrou em 7,6 por cento e foi por Sócrates qualificada de escandalosa e invocada como razão suficiente para a mudança política prometida. A taxa de crescimento económico persiste incipiente, bem longe dos 2 por cento do PIB e ainda mais longe dos 2,7 por cento estimados pela UE ou dos 2,3 por cento previstos para a Zona Euro. Ou seja, no decurso deste ano aprofundar-se-á dramática e irreversivelmente o fosso entre Portugal e os seus parceiros europeus e o esforço de convergência - evocação permanente para todos os muitos sacrifícios - redundará num enquistamento tumefacto da divergência, que de endémica passará a patológica. As comparações que sempre se fazem entre economias no espaço europeu defenestram-nos, pois, para o fim do grupo do "carro-vassoura", acolitados por Malta que, se porfiar um poucochinho, nos ultrapassará em velocidade de ponta. Até no Índice de Desenvolvimento Humano, de acordo com o último Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Portugal desceu duas posições relativamente a 2004 e uma relativamente a 2005. Estamos hoje em 28º lugar, sendo que no conjunto de países da União Europeia nos situamos numa triste e apagada 17ª posição.
Nos últimos doze meses, segundo o Expresso, as famílias portuguesas pediram emprestados à banca mais de 15 mil milhões de euros, um novo máximo nacional. O nosso endivididamento ultrapassava em finais do ano transacto 115 mil milhões, ou seja, 76 por cento do PIB. Nas dívidas disputamos a primazia europeia. Haja quem pague é o novo lema nacional.
O país empobrece, o desemprego aumenta, as famílias estão crescentemente endividadas. Mas Sócrates continua a vender a imagem do político decidido, resoluto, competente e eficaz. Em quê, cabe perguntar. Precisamente nessa nobre e difícil actividade de vender a melhor imagem de si próprio.
Etiquetas: Política
05 março 2007
Conspiração
Este post é um ficheiro oculto do Windows. Mas pode ser aberto e lido. Tem é que voltar a ser escondido para evitar bugs.
Etiquetas: Geral
03 março 2007
M.Alegre e Zeca Afonso
Em 29 de Janeiro de 1983 realizou-se um espectáculo no Coliseu com José Afonso já doente. Deste concerto, reproduzimos duas músicas: "Do Choupal até à Lapa" e "Natal dos Simples".
Etiquetas: Vídeos